A família vem sofrendo transformações culturais e estruturais importantes nos últimos anos. Segundo uma pesquisa do Instituto Data Popular, o Brasil tem 67 milhões de mães, dessas, 31% são solteiras e 46% trabalham. Mas, como ficam os filhos no meio disto tudo?
As necessidades da criança relacionadas à afeto e segurança continuam as mesmas. Os filhos sofrem com a ausência dos pais, no entanto, as mães precisam buscar formas de minimizar os danos dessa ausência para que eles cresçam fortes e confiantes. Acompanhe este post e saiba como uma mãe solteira pode superar a ausência do pai.
Momentos de raiva e frustração
Especialistas afirmam que a ausência do pai, seja por falecimento ou em virtude de separação, pode ser percebida pelo filho de maneiras diferentes. De um modo, em geral, essa percepção é notada de uma forma negativa devida à importância do pai no desenvolvimento de crianças e adolescentes.
A literatura aponta que uma criança criada com a participação ativa do pai cresce com mais segurança, autoestima e estabilidade emocional. A ausência, no entanto, provoca uma sensação de raiva e frustração. Quando está entre amigos e percebe que a sua condição é diferente a de outras crianças esses sentimentos são evidenciados.
Explique a ausência do pai
Os motivos do afastamento do pai devem ser explicados de uma maneira natural e sem traumas. Quando se trata de uma ausência provocada por separação, a mãe solteira deve evitar passar para os filhos sentimentos de raiva evitando falar mal do pai. Na medida do possível, a mãe deve estimular o contato do pai com o filho em um ambiente de respeito e amizade. Seja transparente com a criança, no entanto, evite assuntos de difícil compreensão para o universo infantil.
Um apoio mais que necessário
Na ausência do pai, é natural que a criança necessite de mais apoio emocional. Carência, solidão e inseguranças vão surgir e elas encontrarão na mãe o principal ponto de apoio. No entanto, a mãe pode buscar na família pessoas que podem ajudá-la neste processo como avós e tios mais chegados. Lembre-se, no entanto, que não se trata de uma substituição, mas de um amparo importante que dará mais segurança a criança.
O perdão liberta
Se a separação do pai foi muito traumática, será difícil tanto por parte da mãe quanto por parte do filho liberar perdão. No entanto, a mãe deve estimular ao máximo que o filho perdoe o pai. Isso não se trata apenas de uma boa ação e sim da ausência de sentimentos ruins que com certeza farão mal a criança.
A raiva provoca sentimentos de angústia e tristeza que nada irão ajudar no desenvolvimento da criança. O sentimento de paz que o perdão dará a criança irá ajudá-la a crescer mais segura e confiante.
Tenha momentos especiais
Com a ausência do pai e, muitas vezes sem ajuda financeira, a mãe solteira precisa se dedicar muito mais ao trabalho para sustentar a casa. Como a escassez de tempo, você vai precisar melhorar a qualidade dos momentos que passam juntos. Converse, brinque e faça passeios em família. Torne cada momento especial e faça com que ela se sinta muito amada.
Procure ajuda profissional
Se você perceber que a criança apresenta um comportamento agressivo, dificuldades na escola, depressão e isolamento busque ajuda profissional o mais rápido possível. Acredite! Isso não irá representar uma fraqueza da sua parte.
Mesmo que haja uma pressão social para que você se torne uma supermãe, lembre-se você é um ser humano, com limitações e que muitas vezes vai precisar de ajuda. O auxílio de um psicólogo pode ser benéfico tanto para você, quanto para o seu filho.